Isto da gravidez...

(baseado em algo idêntico, que li não sei bem onde)
Isto da gravidez tem muito que se lhe diga... se por um lado tem sido a fase mais bonita da minha vida, por outro lado também tem sido a mais angustiante...
Primeiro é o stress dos três primeiros meses em que temos de ter cuidado com tudo e mais alguma coisa porque temos a “nuvem do aborto espontâneo” a pairar sobre a nossa cabeça e não queremos que nada aconteça ao feijãozinho.
Depois são os exames ao sangue e à urina para saber se está tudo bem connosco... desta vez são as nuvens da toxoplasmose, rubéola, anemia e mais um monte de coisas que têm de estar bem e podem não estar... a juntar a isto temos a pairar a grande “nuvem da saúde e perfeição”, ou seja, a preocupação que assalta o nosso coração cada vez que vamos fazer uma ecografia... será que está tudo bem? Será que é perfeitinho? E por muito que os médicos nos digam que sim, que está tudo bem e que o feijãozinho é perfeitinho temos sempre presente o facto de as ecografias não serem 100% fiáveis.
Durante todas estas aflições existe sempre uma outra que é a de um parto prematuro... e como eu tenho um útero bicorno, isso está sempre muito presente na minha cabeça.

Com tudo isto quero dizer que um filhote não nos dá as chamadas dores, de cabeça de que todas as mães e pais falam, só a partir do momento em que nascem, mas sim desde que se “instalam” na barriguinha da mãe.

Eu continuo com o coração apertado em relação à saúde do feijãozinho... será que está tudo bem? Será que é perfeitinho?
Este aperto só vai desaparecer no dia em que o puder pegar ao colo e ver, milímetro a milímetro.

O útero bicorno é uma má formação uterina. A paciente já nasce com essa má formação. O útero bicorno é causa frequente de abortamento gestacional, pela falta de capacidade de distensão uterina quando da evolução gestacional. Existem situações de pacientes que apresentam o útero bicorno porém com uma boa evolução gestacional, tendo esta gestação até a termo.
O útero bicorno é um possível factor de esterilidade ou de infertilidade (quando a paciente consegue engravidar mas não consegue levar a gestação até o final).